Uma metáfora de inclusão, solidariedade e respeito às diferenças
Em um jardim colorido e movimentado, todas as joaninhas exibiam com orgulho suas pintas pretas sobre asas vermelhas. Exceto uma. Nascida sem pintas, a pequena joaninha era constantemente rejeitada pelas outras, que diziam que ela não era “de verdade”. Triste e solitária, a joaninha sem pintas decidiu deixar o jardim em busca de um lugar onde pudesse ser aceita como era.
Ao longo do caminho, encontrou vários insetos em dificuldades: uma formiga machucada, uma abelha perdida, uma borboleta com medo de voar. Com empatia e coragem, a joaninha sem pintas ajudou cada um deles, mesmo sem esperar nada em troca. A cada gesto de bondade, uma pinta surgia em suas asas — não por aparência, mas como marca de suas atitudes.
Quando retornou ao jardim, agora com asas cheias de pintas conquistadas por suas ações, foi finalmente reconhecida. Não por seguir um padrão, mas por ser quem era: generosa, corajosa e solidária. A partir daquele dia, todos no jardim entenderam que o verdadeiro valor não está nas aparências, mas naquilo que somos e fazemos pelos outros.
Essa delicada história, repleta de ensinamentos, inspirou em 2004 os alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Unifev, que escolheram o Recanto Tia Marlene como tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso. Em sua proposta, criaram o Selo Solidário, unindo a metáfora da joaninha à essência da instituição: um lugar que acolhe, respeita e valoriza a singularidade de cada ser humano.
Desde então, a história da joaninha sem pintas faz parte da identidade do Recanto Tia Marlene. Ela simboliza o nosso compromisso com a inclusão, o respeito às diferenças e o amor ao próximo, valores que guiam diariamente nossa missão de transformar vidas.
Ao ver o Selo Solidário, lembre-se: todos têm valor, mesmo que ainda não tenham pintas. E cada ato de bondade é uma nova marca que se grava — não nas asas, mas no coração.
